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Blog do João Renato

Cinco destinos a cerca de 100 km para escapar de BH

João Renato

14/05/2019 23h08

Chega uma que a cidade cansa. O trânsito sempre pesado, a correria de um lado para o outro, o estresse sempre no talo. Quando esse alerta bate, não tem jeito: a solução é mesmo tirar uma folga. Felizmente, não faltam atrações nos arredores de Belo Horizonte, perto o suficiente para uma viagem curta, em um fim de semana ou até mesmo no esquema "bate-volta". Todos oferecem estruturas de hospedagem, e atrações que ajudam a desligar a cabeça do caos do dia a dia. Confira abaixo:

Ouro Preto – 98 km

Igrejas e casario colonial de Ouro Preto são atração (Foto: Raquel Mendes Silva/Creative Commons)

A impressionante cidade histórica dispensa apresentações. Capital de Minas até a fundação de Belo Horizonte, no fim do século XIX, Ouro Preto conta com um patrimônio arquitetônico colonial impressionante. As igrejas, como a de São Francisco de Assis, a de Nossa Senhora do Pilar e a do Rosário são imponentes e abertas à visitação. O Museu da Inconfidência também recebe turistas interessados na história do estado. As opções gastronômicas também são boas. Restaurantes como Bené da Flauta, que mistura culinária contemporânea e tradicional, O Passo Pizza Jazz, especializado em massas, ou o Café Geraes, na famosa rua Direita. Vale a pena separar um dinheiro para gastar com o artesanato de pedra-sabão, típico da cidade.

Serra do Cipó – 100 km

A Cachoeira Grande atrai banhistas nos dias de calor (Foto: Andrevruas/Creative Commons)

Apesar de já ter uma estrutura de hotelaria, com algumas pousadas, a Serra do Cipó ainda é destino para quem encara uma ou mais noites em uma barraca. As opções de campings são variadas, e vale a pena pegar uma indicação com alguém que já tenha visitado a região. O desconforto de dormir no chão é compensado pelas cachoeiras, a maioria com poços perfeitos para um mergulho. A Véu da Noiva conta com equipamentos como restaurante e bar próximos. Outras, como a Serra Morena e a Cachoeira Grande, demandam uma caminhada. Praticamente todas cobram entrada, que varia de acordo com a temporada.

Macacos – 25 km
O nome oficial do pequeno distrito de Nova Lima é São Sebastião das Águas Claras. O vilarejo andou aparecendo no noticiário de forma negativa, por causa de uma barragem da Vale, que entrou em estado de atenção. Mas a situação da estrutura está controlada, e as visitas, regularizadas. Melhor para os turistas, que podem aproveitar trilhas adequadas para esportes radicais, como o mountain bike e downhill, e as diversas cachoeiras dos arredores. Os restaurantes se dedicam à comida mineira, oferecendo opções como feijão-tropeiro e frango com quiabo. Já as hospedagens se dividem entre chalés e pousadas, mas a proximidade com a capital é tanta que é possível ir e voltar no mesmo dia.

Cordisburgo – 119 km

Estruturas naturais da Gruta de Maquiné são de tirar o fôlego (Foto: Carlos Alberto/Imprensa MG)

Conhecida como a terra natal do escritor Guimarães Rosa, a cidade não nega o filho famoso. Pelo contrário: referências ao autor de "Grande Sertão: Veredas" estão por toda parte. A casa onde ele nasceu, inclusive, é um dos principais pontos de atenção da cidade, e é aberta à visitação. Além de literatura, a história também faz parte das atrações, graças à Gruta de Maquiné. A impressionante caverna conta com sete salões repletos de estalactites e estalagmites e pode ser percorrida a pé, em visitas guiadas.


Lavras Novas – 113 km

O distrito de Ouro Preto é o destino para quem quer romance. Com meia dúzia de ruas, é repleto de pousadas charmosas, ideais para um programa a dois. O casario colonial é ocupado por cafés e restaurantes. Graças aos 1.300 metros de altitude, o clima é ameno, tendendo para o friozinho. As cachoeiras próximas, como Três Pingos e Namorados são bonitas, mas formam poços rasos. Quem for nadar deve apostar na represa do Custódio, que tem acesso por uma trilha fácil.

Sobre o autor

João Renato Faria é jornalista de Belo Horizonte, atualmente no jornal O Tempo, e com passagens por Portal Uai, Estado de Minas e revista Veja BH. Gosta de descobrir novidades gastronômicas pela cidade, de música pesada, de rock instrumental e novidades da cena independente. Tem a compulsão de comprar livros mais rápido do que consegue lê-los. Já pensou em se mudar de BH, mas por enquanto a cidade é o único lugar com um feijão-tropeiro decente.

Sobre o blog

A música e a gastronomia de Belo Horizonte são o foco do blog. Os posts abordam tendências sonoras, eventos, atividades de casas de shows e a movimentação da cena independente. Os textos também falam sobre as boas opções de comidas de rua, bares e lanchonetes, veteranas ou recém-inauguradas na cidade.

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