Blog do João Renato http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br A música e a gastronomia de Belo Horizonte são o foco do blog. Wed, 04 Sep 2019 18:32:20 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Festival Cura leva arte de rua para antigo bairro boêmio de BH http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/09/04/festival-cura-leva-arte-de-rua-para-antigo-bairro-boemio-de-bh/ http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/09/04/festival-cura-leva-arte-de-rua-para-antigo-bairro-boemio-de-bh/#respond Wed, 04 Sep 2019 18:32:20 +0000 http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/?p=622

Lagoinha foi o primeiro polo boêmio de Belo Horizonte (Foto:Cura)


Responsável por pintar dez imensos e incríveis painéis no centro de Belo Horizonte, o festival Cura – Circuito Urbano de Artes – desembarca amanhã, dia 5, na Lagoinha, antigo bairro boêmio de Belo Horizonte. A edição extraordinária do evento, que vai até 15 de setembro, tem uma programação caprichada, com feira gastronômica, shows, exposições e, claro, a oportunidade de acompanhar em tempo real a criação dos murais.

Nas suas edições anteriores, o Cura contou com um mirante na rua Sapucaí, que tem vista privilegiada para o skyline do centro de Belo Horizonte, e permitia acompanhar a elaboração das obras. Já na Lagoinha, apenas parte das intervenções poderá ser acompanhada de um novo mirante, desta vez na rua Diamantina.

Nas primeiras edições, o Cura criou painéis gigantes em fachadas cegas de prédios do centro de BH (Foto: Área de Serviço)

A vantagem disso é que obriga, a quem quiser ver tudo de perto, a circular pelo bairro. A ideia não é por acaso, já que um dos organizadores da edição, Filipe Thales, também é responsável pelo Rolezim Lagoinha, um passeio cultural guiado pelas ruas da vizinhança. Foi ele e Daniel Queiroga, que são moradores do bairro, que fizeram o convite para a edição extraordinária do Cura.

Como também faltam fachadas cegas gigantes, o alvo das artes serão prédios inteiros, murais e dois bares. Entre os artistas convidados estão Raquel Bolinho, que comemora dez anos de atuação espalhando seu icônico personagem pela cidade. Ela vai pintar um edifício na rua Diamantina. Cria do bairro, Zé D Nilson vai dividir o espaço com ela. Já o argentino Elian Chali, ficou responsável pelo prédio do Senai, marco da região, enquanto a piauiense Luna Bastos vai cuidar do Órbi Conecta, espaço que reúne diversas startups e iniciativas de tecnologia.

Na rua Diamantina, vários muros serão trabalhados por Wanatta, Rupestre Crew, Fênix e Saulo Pico. Já Priscila Amoni fica por conta da Casa Manuel Felipe, na rua do Serro. O Armazém Número Oito e o restaurante do Luiz Atleticano serão responsabilidade, respectivamente, de Nila e Gabriel Dias.

Grafite já tem sido usado como revitalização do bairro (Foto: Rodrigo Clemente/PBH)

O festival se soma a mais iniciativas para resgatar o bairro, que vinha sendo maltratado e desprezado há décadas pelos governantes. Mutilada por um sistema horrível e incompreensível de viadutos – não à toa batizado de “Complexo da Lagoinha”, a região, felizmente, vem mudando aos poucos. O Movimento Gentileza, festival dedicado ao grafite, coloriu passarelas e algumas ruas em março, enquanto restaurantes novos e diferentes têm levado um público diverso ao velho bairro boêmio. “Nem a falta de investimentos e nem a imagem de abandono que lhe tentaram imprimir, conseguiram impedir que a Lagoinha reescrevesse sua história. A região hoje resgata sua raiz cultural para criar novas conexões. E a força da sua cultura é o que nos traz aqui”, conta Juliana Flores, idealizadora e curadora do festival, ao lado de Priscila Amoni e Juliana Macruz.

Ponto central desta edição, o mirante da rua Diamantina vai receber boa parte da programação, que pode ser conferida completa aqui. Um bar da cervejaria artesanal Wäls também será instalado por lá, puxando a campanha de rebatizar, no país inteiro, o tradicional copo americano, que é conhecido em Belo Horizonte, justamente, como copo lagoinha. Mais boêmio, impossível.

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Pão de queijo ganha o mundo, mas o melhor ainda é em BH http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/08/28/pao-de-queijo-ganha-o-mundo-mas-o-melhor-ainda-e-em-bh/ http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/08/28/pao-de-queijo-ganha-o-mundo-mas-o-melhor-ainda-e-em-bh/#respond Wed, 28 Aug 2019 17:03:00 +0000 http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/?p=612

Pão de queijo pode estar pelo mundo afora, mas nada como ir direto à fonte (Foto: A Pão de Queijaria)


Amigos compartilham a notícia: um australiano da Tasmânia que nunca veio ao Brasil começou a fazer pão de queijo por lá. Descobriu sozinho que, além de um ótimo salgado, ele pode ser recheado com qualquer coisa, se tornando base para sanduíches incríveis. Outro avisa que em Astoria, reduto brasileiro no Queens, em Nova York, existe um lugar que vende pães de queijo sensacionais. Pois é. Depois de tomar o país, com bons exemplares encontrados em cidades como Brasília e São Paulo, a iguaria mineira está conquistando o mundo. Mas o nosso amigo australiano que nos perdoe a falta de modéstia, os melhores pães de queijo ainda estão por aqui, em Belo Horizonte. Confira alguns lugares para experimentar o salgado:

A Pão de Queijaria

Criatividade: quitute serve de base para sanduíches da A Pão de Queijaria (foto: Divulgação)


Mistura de lanchonete e bar, a casa tem se destacado nos últimos anos, com o seu pão de queijo desbancando concorrentes tradicionais e sendo apontado como o melhor da cidade em votações de revistas especializadas. O quitute tradicional, que usa queijos artesanais como os da Serra do Salitre ou da Serra da Canastra, também é usado como base para sanduíches diferentões, que foram renovados recentemente. O burguer 3.0 leva hambúrguer de fraldinha, creme de bacon, alface e crips de alho. Já o fish’n’cheese conta com filé de tilápia empanado na farinha de pão de queijo, aioli e acelga.

Vai lá
R. Antônio de Albuquerque, 856, Savassi
(31) 2512-6360

Comercial Sabiá

Clássico: No Comercial Sabiá, pão de queijo pode receber recheio de pernil com queijo derretido (Foto: Divulgação)


Apesar de o cliente ficar em pé e o atendimento às vezes ser confuso, o espaço é um dos pontos mais disputados do turístico Mercado Central não é por acaso. O cheiro do café bem passado é um chamariz para quem passa pelo corredor e decide encostar os cotovelos no balcão. Além de delícias mineiras como a broa de milho recheada com queijo, o pão de queijo aqui é vendido em duas versões. É que o clássico, feito com queijo artesanal, também pode ser recheado com um pernil suculento e macio. É de comer rezando.

Vai lá
Mercado Central – Avenida Augusto de Lima, 744, Centro
Lojas 151,156, 160
(31) 3274-9491

Braga Pão de Queijo

Diferentão: Braga aposta em receitas como a pizza de pão de queijo (foto: divulgação)


A receita criada pelo fundador, Agenor Braga, leva uma quantidade maior que o normal de queijo da Serra da Canastra. Só isso já seria suficiente para cravar a casa, que tem unidades na Savassi e na badalada esplanada do Mineirão, como um destaque da cidade. Mas o salgado também é usado para outras criações, como a coxinha, que usa a massa de polvilho para abrigar o recheio de frango. Outra receita inusitada é a pizza de pão de queijo, que faz sucesso entre os celíacos – pessoas alérgicas ao glúten. Espécie de sobremesa, o pão de queijo recheado com o excelente doce de leite Viçosa mostra que o doce pode conviver bem com o quitute.

Vai lá
R. Pernambuco, 1115, Savassi
Estádio Mineirão – Avenida Antônio Abrahão Caram, 1001, Pampulha
(31) 3499-4413

Espresso Mineiro

Aeroporto: Espresso Mineiro é última chance de um bom pão de queijo para quem vai viajar de avião (foto: BH Airport/Divulgação)


Está indo embora da capital mineira e não deu tempo de comer um pão de queijo? Não tem problema. No aeroporto internacional de Belo Horizonte, em Confins, este café oferece uma opção excelente para quem não quer deixar de provar a iguaria. Surpreende tanto pela qualidade quanto pela localização, já que os aeroportos não costumam ser exatamente pontos de excelência em gastronomia. Mas esqueça aquelas massas disformes e pálidas vendidas a preços abusivos nos outros campos de voo do país. Aqui, o quitute é sempre fresquinho e bem executado, com a casquinha crocante e o interior macio, como deve ser.

Vai lá
Aeroporto internacional de Belo Horizonte – Confins
Praça Mineira – Entre o acesso principal e o check-in 2
(31) 3689.2325

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Psicodelia dos hippies e espírito paz e amor inspiram cena musical mineira http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/08/21/psicodelia-dos-hippies-e-espirito-paz-e-amor-inspiram-cena-musical-mineira/ http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/08/21/psicodelia-dos-hippies-e-espirito-paz-e-amor-inspiram-cena-musical-mineira/#respond Wed, 21 Aug 2019 19:08:25 +0000 http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/?p=606

Psicotrópicos é uma das novas bandas psicodélicas de Minas (Foto: Sérgio Aguilar)

Em agosto de 1969, o mundo observava, atônito, cerca de 400 mil pessoas tomarem uma fazenda no interior do Estado de Nova York para assistir, por três dias, a shows dos principais artistas da época, como e celebrar o ideal hippie de paz e amor.

Passados exatos 50 anos do festival de Woodstock, o evento ainda reverbera e inspira gente pelo mundo todo. Tanto que o espírito daquela época segue firme e forte em Minas Gerais, onde tem ganhado força uma cena de bandas que apostam em um som psicodélico, com claras inspirações do rock que fez a cabeça dos hippies dos ano 60. Confira:

Psicotrópicos

O sexteto de Belo Horizonte tem Os Mutantes como uma das inspirações confessas. Talvez seja por isso que o grupo, seguindo o exemplo do trio de Rita Lee e dos irmãos Dias, curta passear por diversos estilos musicais, sem se prender a nenhum deles. Em “Onda Trópica”, primeiro álbum do grupo, tem espaço para rock progressivo, blues, soul, afrobeat e até ritmos latinos. Em “Fogueira”, por exemplo, a pegada é de rock’n’roll setentista com maracatu, enquanto “Princesinha” tem samba e reggae em uma letra que questiona o racismo no país.

Quem quiser conferir de perto essa mistura sonora, inclusive, terá uma chance neste sábado, 24, já que a banda lança o disco com show n’A Autêntica (Rua Alagoas, 1.172, Savassi), a partir das 22h, com ingressos a R$ 20.

Pássaro Vivo

Se Woodstock tivesse acontecido no interior de Minas Gerais, é bem possível que o som do Pássaro Vivo já estivesse entre nós a mais tempo. Formada em Patos de Minas, o sexteto lançou recentemente o disco “Sobre Asas e Raízes”, um trabalho surpreendentemente sólido e maduro – ainda mais quando se leva em conta que a banda só consolidou sua formação em 2017. O grupo conta com Lucas de Paula (violão, viola e vocal), Alan Girardeli (baixo e percussão), Ciro Nunes (bateria, flauta e vocal), Maria Zanuncio (voz e percussão), Alexandre Rosa (guitarra, violão e voz) e Marcello Soares (voz e percussão), e bebe direto na fonte das bandas brasileiras dos anos 70, como Secos e Molhados e Novos Baianos, mas sem deixar de dar um toque contemporâneo e uma pitada de regionalismo. “Primavera”, por exemplo, tem uma viola típica do sertão mineiro, enquanto “Beija Flor” não faria feio na discografia solo de um beatle.

Dom Pepo

O rock’n’roll psicodélico é a base sonora sobre a qual a banda desenvolve seu trabalho. Formado em 2013, o sexteto que conta com João Vitor (vocal), Max (violão), Deco (guitarra), Chico Bueno (baixo), Marcelo (bateria) e Gabruga (teclado) tem se reinventado desde o lançamento do EP “Mu”, de 2015. A prova disso é a faixa “1 de 3”, que ganhou clipe recentemente e mostra uma levada de funk americano setentista e ska. A faixa é uma prévia do primeiro disco completo do grupo, batizado de “Escuridão já é luz suficiente”, que, inclusive, está com campanha de financiamento para ser lançado. Clique aqui para conferir.

A Outra Banda da Lua

Criada em Montes Claros, espécie de capital do Norte de Minas, a banda se orgulha do som regional, como as festas de folia de reis, que entram na mistura que o próprio quinteto batizou de rock rural afro psicodélico. A voz aveludada e sedosa de Marina Sena – que também vem fazendo bonito à frente do projeto Rosa Neon – é o diferencial do grupo, que também conta com Edson Lima (guitarra), Mateus Sizílio (bateria), Matheus Bragança (baixo) e André Oliva (guitarra e percussão). Apesar de ainda estar devendo um álbum completo, já dá para entender a pegada da banda com o registro gravado ao vivo no impressionante estúdio Sonastério, em Nova Lima. “Carrim de Picolé”, por exemplo, soma a fase Rita Lee dos Mutantes com um rock progressivo mais contemporâneo e regionalismos, enquanto “Na Roça” faz tributo ao estilo de vida típico do interior mineiro, com seus pomares e cachoeiras.

Ménage

Bem ao espírito dos hippies, a banda abraça o deboísmo, espécie de filosofia que surgiu na internet e que se resume a “ficar de boa”. Conta com dois discos lançados: “Gram de La Musique”, de 2015, e “Terra”, de 2017. Nos dois trabalhos, fica evidente a mistura sonora de jazz, rock, dub, ritmos latinos e afrobrasileiros. A faixa “Iemanjá” é um belo cartão de visitas do grupo: palmas, corais, uma levada suingada de rock, e uma letra que remete à religiões de matrizes africanas.

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Lámen descomplicado conquista espaço em BH http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/08/14/lamen-descomplicado-conquista-espaco-em-bh/ http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/08/14/lamen-descomplicado-conquista-espaco-em-bh/#respond Wed, 14 Aug 2019 14:27:38 +0000 http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/?p=603 Para muita gente, lámen ainda é sinônimo daquele macarrão instantâneo, que fica pronto em três minutos e não é lá grande coisa. Na verdade, lámen (ou rámen) é uma espécie de sopa japonesa, servida com um caldo espesso e diversos acompanhamentos. Mas enquanto outras cidades como São Paulo tinham bares e restaurantes especializados no preparo, em Belo Horizonte os lámen eram restritos aos restaurantes japoneses tradicionais da cidade, como o Rokkon e o Sushi Naka. Felizmente, de uns tempos para cá, alguns lugares apostam em lámens descomplicados, que podem ser aproveitados com todo o barulho feito ao sorver (aquele sluuuuuurp que as mães odeiam) que o prato pede. Confira abaixo:

Canja

Recém-aberta na Savassi, a casa se inspira nos locais de lámen de Nova York, como o Momofuku Noodle Bar, do chef-celebridade David Chang. Por lá, as cinco opções receberam um toque de mineiridade, como o lámen de curry e frango, que leva macarrão, peito de frango cozido, gengibre, ovo caipira, nori, pak choi (acelga chinesa) e ora pro nóbis. Já o naruto conta com ovo, nabo, macarrão, barriga de porco, cebolinha, caldo de frango com missô e a massa de peixe japonês cortada em fatia que dá nome ao prato.

Vai lá
Avenida Getúlio Vargas, 1620, Savassi
(31) 98012-7245

Dona Tomoko

No izakaya – nome dado aos bares japoneses –, o lámen não é pedida fixa do cardápio. Por isso, vale a pena ficar de olho nas redes sociais do local para saber quando o chef Maki Sangawa prepara a iguaria. A receita de lá conta com macarrão, caldo de porco, ovo cozido, massa de peixe, broto de feijão, barriga de porco cozida lentamente, alho cozido no shoyu e sakê, agrião, cebolinha e alga nori. O tonjiru, uma versão mais incrementada do missô, com carne de porco, alho poró, batata, cenoura e shitake, mas sem macarrão, também costuma aparecer de vez em quando.

Vai lá
Rua Grão Mogol, 712, Carmo
(31) 2510-8604

Samba Fresh

Inicialmente especializada em poke, o prato havaiano que virou sucesso no país, a casa expandiu o cardápio para outras opções. Sorte dos frequentadores, que podem provar o lámen com barriga de porco crocante, que é servido em caldo de carne com tira de frango, cebolinha, gergelim, ovo cozido e alga. Quem quiser dar uma incrementada pode pedir a versão que acrescenta dois gyozas de porco ao combinado.

Vai lá
Rua Fernandes Tourinho, 97, Savassi
(31) 2526-5020

Cheng Chang Kee Noodle House

Ícone da Chinatown mineira, o restaurante tocado por imigrantes chineses não é exatamente um primor de decoração. Afinal, é preciso entrar em uma velha galeria de lojas no hipercentro de BH para acessar o local, que ocupa um conjunto de salas. Como a turma não fala português, o jeito é se comunicar do jeito que dá. O cardápio, inclusive, conta com fotos, para apontar o pedido. Por lá, o macarrão é de arroz, e ensopado com carne de porco, ovo, acelga e cogumelos. Vale ter paciência, porque a cozinha costuma demorar.

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Rua Curitiba, 130, terceiro andar, Centro

Birosca S2

No charmoso bistrô no Santa Tereza, quem dá as caras é o pho, versão vietnamita do lámen, que foi introduzido no cardápio após uma viagem da chef Bruna Martins ao país asiático. A receita leva massa de arroz com caldo picante de camarão e porco, coberto por cenoura, broto de feijão, acelga, camarão, barriga de porco, cebolinha, limão e chilli.

Vai lá
Rua Silvianópolis, 483, Santa Tereza
(31) 2551-8310

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Inhotim segue firme e com novidades, seis meses após rompimento http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/08/07/inhotim-segue-firme-e-com-novidades-seis-meses-apos-rompimento/ http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/08/07/inhotim-segue-firme-e-com-novidades-seis-meses-apos-rompimento/#respond Wed, 07 Aug 2019 14:23:41 +0000 http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/?p=591

Inhotim não foi atingido pelo rompimento da barragem, mas encarou reflexos da tragédia (Foto: Marcelo Coelho)

Quando a barragem da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho, se rompeu, causando uma das maiores tragédias da mineração e um prejuízo incalculável de vidas, o impacto no Instituto Inhotim foi imediato. A cerca de 20km do local da tragédia, o maior museu a céu aberto de arte contemporânea do mundo não foi diretamente atingido pela lama. Mas com cerca de 80% de seus funcionários sendo moradores de Brumadinho, era natural que houvesse um momento de luto e silêncio. E foi dessa reflexão que o Inhotim percebeu que não só não poderia parar, como iria abraçar ainda mais sua comunidade.

Lenine foi uma das atrações dos últimos meses (Foto: William Gomes)

Seis meses depois da tragédia, o museu superou uma queda de até 40% dos seus visitantes e está a todo vapor. Como se não faltassem atrativos entre as centenas de obras de arte do acervo, o espaço também resolveu intensificar sua agenda de atrações. “Nossa primeira atitude após o rompimento foi reforçar que o Inhotim continuava seguro, longe da área afetada. Depois, entramos com uma programação educativa e cultural de peso, para movimentar ainda mais o Inhotim. Apresentações com artistas renomados, como Lenine, Pato Fu e Grupo Giramundo, Filarmônica de Minas Gerais e Orquestra Ouro Preto trouxeram milhares de pessoas ao parque”, conta Renata Bittencourt, diretora executiva do Instituto Inhotim. “Grande eventos de amplitude internacional também foram muito importantes, como o festival MECAInhotim e o Iron Runner”, completa Renata.

A sequência não para. Neste sábado, 10, o espaço inaugura o projeto Palco Brumadinho, que terá uma apresentação por mês, até janeiro de 2020. A proposta é reunir cantores, compositores e grupos tradicionais da cidade. Para iniciar a sequência, sobem ao palco o cantor Thibana, que vai mostrar repertório variado de música popular; o instrumentista André Luis, proprietário do estúdio Atmosfera e estudioso do violão erudito e o Grupo Afro de Canto e Dança Negro por Negro, que vai apresentar as tradições do congo e do congado.

Inhotim não foi atingido pelo rompimento da barragem, mas encarou reflexos da tragédia (Foto: Marcelo Coelho)

Além de abrir espaço para os artistas locais, agenda sonora segue com nomes de peso. No dia 25, é a vez de os Titãs celebrarem os 20 anos do disco “Acústico” com uma apresentação intimista. Hoje um trio composto por Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Belloto, a banda deverá mostrar clássicos como “Pra Dizer Adeus” e “Homem Primata”. O acesso aos shows é gratuito para os visitantes do espaço, mas sujeito à lotação.

Acervo de arte contemporânea é um dos mais impressionantes do mundo (Foto: Eduardo Eckenfels)

A comunidade também recebeu incentivos para se apropriar do museu. O programa Nosso Inhotim, que garante entrada gratuita aos moradores de Brumadinho, foi ampliado e já conta com mais de 4.000 mil cadastrados. “Hoje, o Inhotim está mais vivo do que nunca, e mais ainda ciente de seu papel na retomada do turismo da cidade. Estamos percebendo as pessoas não só estão retornando ao Inhotim, como também estão se apropriando mais do local, com um sentimento maior de pertencimento”, conclui Renata Bittencourt.

Vai lá
Instituto Inhotim
Rua B, 20 – Brumadinho
(31) 3571-9700
(31) 3194-7300

Ingressos
Inteira: R$ 44
Meia: R$ 22
Quarta-feira (exceto feriados): gratuito
Moradores de Brumadinho cadastrados no programa Nosso Inhotim não pagam entrada.

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Savassi Festival transforma BH na capital do jazz http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/07/30/savassi-festival-transforma-bh-na-capital-do-jazz/ http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/07/30/savassi-festival-transforma-bh-na-capital-do-jazz/#respond Wed, 31 Jul 2019 00:10:44 +0000 http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/?p=584

Evento é um dos responsáveis pela retomada das atividades de rua da cidade (Foto: divulgação)

Que Nova Orleans, que nada. Uma vez por ano, é Belo Horizonte que se transforma na capital mundial do jazz, graças ao Savassi Festival, que começa na próxima segunda, 5 de agosto, e vai até o domingo, 11. Com ingressos a preços populares ou gratuitos, o festival é um dos responsáveis diretos pela reocupação do espaço público por atividades culturais. Isso parece trivial em 2019, quando a norma circular por ruas fechadas aproveitando shows e consumindo cultura. Mas era bem menos comum em 2002, quando aconteceu a primeira edição do evento.

De lá para cá, o belo-horizontino perdeu a vergonha de curtir a rua, reaprendeu a aproveitar sua própria cidade e hoje já conta com diversos eventos ao ar livre. Não é por acaso que a até a atmosfera da cidade parece mudar durante o festival. Fica mais sonora, amigável e festiva. Além disso, o alto número do público mostra a força do estilo em Belo Horizonte. Tanto que a maratona sonora já extrapolou há muito tempo as fronteiras do charmoso bairro e tem programação com mais de 100 atrações espalhadas pela cidade inteira.

A Salumeria Central, por exemplo, foi transformada em um clube de jazz. O bar responsável pelo pontapé da revitalização da rua Sapucaí recebe atrações até o dia 10, com destaque para as apresentações do grupo americano Cliff Korman Trio na quarta, 7, e dos dinamarqueses do Jazz Explorer Trio na sexta, 9. Outros espaços da cidade, como o Centro Cultural Banco do Brasil, o teatro do Minas Tênis Clube e, claro, o Café com Letras, que organiza o evento, também contam com shows e atividades como workshops.

O Jazz Explorer Trio é uma das atrações internacionais do evento (Foto: Sarit Dhabani)

A maratona jazzística culmina no fim de semana dos dias 10 e 11, com os shows de rua, que vão ocupar dois palcos na Savassi e um na praça Floriano Peixoto. No sábado, 11, a programação é exclusivamente feminina, com apresentações de Luísa Mitre Quinteto, Carol Panesi e Grupo, e Ilessi, a partir das 15h.

Americano Seamus Blake é um dos principais nomes atuais do jazz (Foto: divulgação)

Já no domingo, a partir das 14h, é a vez de Lucas Telles, que lança o disco “Outono”, Ellen Oléria e Alma Thomas apresentarem um tributo a Nina Simone. É dia, também, das atrações internacionais Lars Möller, dinamarquês vencedor do Grammy que se apresenta com a MG Big Band, e o americano Seamus Blake, saxofonista que é um dos maiores nomes do jazz contemporâneo.

A programação completa está no site www.savassifestival.com.br.

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Limão é a base de bons drinques em Belo Horizonte http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/07/23/limao-e-a-base-de-bons-drinques-em-belo-horizonte/ http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/07/23/limao-e-a-base-de-bons-drinques-em-belo-horizonte/#respond Wed, 24 Jul 2019 01:55:30 +0000 http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/?p=578 Álcool e limão são uma combinação perfeita. A onipresente caipirinha – e sua irmã feita com vodca – estão aí para provar isso. Mas quem quer ir além do clássico da coquetelaria brasileira pode se esbaldar. A mistura entre bebida e a fruta cítrica é a base para diversos drinques que podem ser provados nos bares de Belo Horizonte. Confira:

Dub

Dub: o clássico negroni leva uma lasca de limão siciliano (Foto: divulgação)


Não é por acaso que, vira e mexe, o bar na varanda do histórico edifício Maletta é apontado como a melhor carta de drinques da cidade. É que, além da vista para o impressionante prédio gótico do Museu da Moda, o balcão mantém uma qualidade constante, com receitas criativas e bem executadas. O clássico negroni mistura gim, vermute e Campari, com uma lasca de casca de limão siciliano. Já o favorite leva gim, hortelã, ginger ale e limão.

Vai lá
Rua da Bahia, 1148, Centro – Edifício Maletta
(31) 3234-2405

Bombshell

Bombshell: campeão de pedidos, o demônio leva limão capeta, canela, cachaça e mel (Foto: divulgação)


O bar na Savassi tem mesas na calçada disputadas. O público que enche o espaço vai atrás de receitas campeãs de pedidos, como o demônio, uma caipirinha de limão capeta, cachaça, mel e canela. Já o bombshell spritz mistura carambola, limão siciliano, laranja, aperol, espumante e soda limonada.

Vai lá
Rua Sergipe, 1389, Savassi

MeetMe At The Yard

MeetMe: o loira do bonfim conta com rum, abacaxi e limão capeta (Foto: Divulgação)


Os drinques sempre foram um dos diferenciais da casa. Enquanto os outros bares da cidade ainda engatinhavam na questão, o MeetMe já investia em ingredientes diferentes e apresentações caprichadas, como as que usam a hoje popular mason jar. Homenagem à lenda urbana mais famosa da cidade, o loira do bonfim leva rum, abacaxi e limão capeta. Já o da vinci é feito com gim, absinto, limoncello e limão siciliano.

Vai lá
Rua Curitiba, 2578, Lourdes
(31) 98634-1383

Nimbos Bar
A casa ficou famosa por seus sanduíches, que vêm ganhando destaque na cidade. Apesar disso, a hamburgueria não perde o pique quando o assunto são os drinques. O cardápio passou por uma renovada recentemente e incluiu pedidas como o jambu treme, que leva cachaça com jambu, syrup de tangerina e suco de limão.

Vai lá
Rua Alagoas, 608, Savassi

Amadís

Amadís: com apresentação criativa, o malandro é o pato mistura gim, limão siciliano, licor de tangerina, soda e espuma de limão siciliano (foto: Divulgação)


Sempre criativa e bem humorada, a apresentação dos drinques é um dos destaques da casa na badalada avenida Fleming. Um dos clássicos é o malandro é o pato, servido em uma banheirinha e que combina gim, limão siciliano, licor de tangerina, soda e espuma de limão siciliano. Outro campeão de pedidos é o cubo mágico, que é servido em uma caneca que imita o desenho do clássico quebra-cabeças e leva gim, kiwi, uva verde, xarope de maçã verde, limão e espuma de limão siciliano.

Vai lá
Avenida Fleming, 480, bairro Ouro Preto
(31) 3309-3773

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Cinco roteiros para curtir a Virada Cultural de BH http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/07/16/cinco-roteiros-para-curtir-a-virada-cultural-de-bh/ http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/07/16/cinco-roteiros-para-curtir-a-virada-cultural-de-bh/#respond Tue, 16 Jul 2019 18:39:48 +0000 http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/?p=572

Daniela Mercury é um dos destaques da VIrada de BH (Foto: Célia Santos)

Depois de dois anos sem ser realizada, a Virada Cultural de Belo Horizonte finalmente está de volta. Por 24 horas, entre 19h de sábado (20) até as 19h do domingo (21), a capital mineira receberá a quinta edição do evento, que conta com programação extensa e superlativa: são mais de 400 atrações, divididas em dez palcos e 15 espaços alternativos, com a expectativa de receber até 500 mil pessoas.

O evento será concentrado no hipercentro de BH, o que facilita a circulação entre os locais onde ocorrerão as atividades. Além disso, os palcos são temáticos. Embaixo do viaduto Santa Tereza, por exemplo, que é onde ocorre o Duelo de MCs, será dedicado ao rap. Próximo ao edifício Acaiaca, o rock é que toma conta do espaço. Já a Praça da Estação receberá nomes consagrados da cena nacional, como Daniela Mercury e Fernanda Abreu.

A música é o principal ingrediente do cardápio de opções. Mas a Virada também terá dança, circo, cinema, performances e arte urbana, além de uma programação associada em outros espaços culturais da cidade, como o CCBB. Uma curadoria de lanches e refeições elaborada por Nenel Neto, do blog Baixa Gastronomia, aponta ainda 30 lugares que vão funcionar durante a Virada, garantido a alimentação do público.

Com tantas opções, pode parecer difícil escolher o que curtir do evento. Por isso, separamos cinco sugestões de roteiros para todos os gostos. Confira:

Diversão garantida

Moraes Moreira é uma das principais atrações da Virada (Foto: Ricardo Borges)


Os nomes mais famosos do evento vão se concentrar no palco da Praça da Estação. Mas algumas atrações foram distribuídas para outros locais. Se você está procurando músicas já conhecidas, a lista é essa:

Sábado

20h30 Adrianna – Lançamento do DVD “Antes de Abrir os Olhos” (Palco Estação)

23h20: Moraes Moreira (Palco Parque)

Domingo
0h: Daniela Mercury – Proibido O Carnaval (Palco Estação)

2h: Xenia França (Palco Guaicurus)

2h45: Geisa Carneiro – Eu não vou Embora (Palco Estação)

10h00: Chico Lobo – Tributo à Viola (Palco Caetés)

14h: Danilo Reis e Rafael – The Voice (Palco Praça Sete)

15h30: MC Elis (Palco Parque)

17h: Attooxxa (Palco Estação)

19h00: Sérgio Pererê – Alma Grande (Palco Caetés)

Destaques de BH

Djonga fecha a Virada na Praça da Estação (Foto: Divulgação)


A cena musical da cidade está bem representada na Virada Cultural, já que a maioria das atrações são locais. Para conhecer um resumo do som que vem sendo feito na cidade, o ideal é acompanhar essa lista:

Sábado
20h: Matéria Prima – Bem BoomBap (Palco Viaduto)

21h: Veronez convida Odair José – 10 anos de “Não Sou Nenhum Roberto” (Palco Guaicurus)

22h: Bloco Chama O Síndico convida Fernanda Abreu – Lançamento do disco “Um Dia Eu Chego Lá” (Palco Estação)

Domingo

0h50: Thiago Delegado – DelegasCia (Palco Parque)

3h30: FBC (Palco Viaduto)

06h10: Reverb All Stars (Palco Acaiaca Rock)

10h30: Lamparina e A Primavera (Palco Guaicurus)

12h: Dolores 602 (Palco Praça Sete)

14h20: Zevinipim – Tutto A Posto (Palco Guaicurus)

16h: Luiza Brina (Palco Caetés)

19h: Djonga (Palco Estação)

Para quem quer dançar
Se a sua é balançar o esqueleto, a Virada tem diversas opções. Além de festas paralelas, que vão durar quase que as 24 horas, algumas bandas e atrações também prometem fazer o público tirar o pé do chão:

Sábado

19h: Orquestra Royal (Palco Guaicurus)

Domingo
0h30: BH Vogue Fever – Ball da Virada (Palco Guaicurus)

01h05: Black Machine – Gafieira Soul (Palco Praça Sete)

3h20: Morgana Rodriguez e Elisa Nunes – Forró: Aula para Mulheres que Conduzem (Palco Caetés)

04h05: Manu Dias e Banda – Sambadear (Palco Praça Sete)

5h: Festa Transa! – Aniversário de 7 anos (Palco Guaicurus)

13h: Baile da Serra (Palco Estação)

14h: Estagiários Brass Band (Palco Caetés)

15h30: Lá Da Favelinha – Disputa Nervosa (Palco Estação)

19h: Bloco Sexta Ninguém Sabe (Palco Guaicurus)

Além da música

Apesar de a programação musical ser o forte da Virada, o evento também terá outras atrações. Além de diversas intervenções e instalações artísticas espalhadas pela região do festival, a agenda também tem circo, teatro, dança, cinema e até esportes eletrônicos. Confira algumas boas opções:

Sábado
19h: A Palhaça Mulher – Teatro do Improviso (Espaço Rio de Janeiro)

22h: Slam Clube da Luta (Palco Coreto)

21h: Noite de Cinema – Filmografia Mineira (Espaço Cinema – gramado do Parque Municipal)

Domingo
13h: Por um Fio, uma intervenção a propósito – Mímulus Cia de Dança (Espaço Rio de Janeiro)

15h: Final Campeonato LoL (Praça Sete)

Vamos nos mexer
Quem pratica uma vida saudável também tem espaço na maratona cultural. Com destaque para as atividades com bicicleta, a Virada preparou uma programação para quem prioriza as atividades físicas:

Sábado
19h: Bloco da Bicicletinha (Arcos do Viaduto)

21h: Corrida Unimed-BH (Espaço Bem Estar)

Domingo

9h Caminhada orientada pelo parque (Espaço Bem Estar)

10h: Mundialito de Rolimã (Arcos do Viaduto)

10h30: Mantras e Meditação para o Bem Estar – Shakti Jetha (Circuito do Parque)

11h: Bike Polo (Avenida Afonso Pena, entre as ruas da Bahia e São Paulo)

15h: Mudança de hábitos alimentares: participe do desafio 21 dias sem carne (Espaço Pet Friendly)

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Cinco lugares para se tomar caldo em BH http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/07/09/cinco-lugares-para-se-tomar-caldo-em-bh/ http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/07/09/cinco-lugares-para-se-tomar-caldo-em-bh/#respond Tue, 09 Jul 2019 15:30:23 +0000 http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/?p=569

Temporada de caldos já começou em BH (foto: Jakub Kapusnak/Foodiesfeed)

Foi meio sem aviso, de repente, que chegou o frio. Acostumada a temperaturas amenas, Belo Horizonte o tem encarado o termômetro lá em baixo, com recorde de 5,7ºC – índice que a cidade não registrava desde 1975. Para esquentar, o belo-horizontino se vira como pode. Tira aquele casaco pesado do armário, fecha as janelas, triplica o número de cobertas e troca os petiscos no bar por um bom caldo. Apesar de a cidade ter perdido recentemente algumas referências no assunto, como o Villa Emporium, no alto da Afonso Pena, ainda é possível provar boas opções de receitas para aquecer. Confira:

Nonô

O controverso corte de boi é cozido por horas até chegar à consistência perfeita


Não é por acaso que o local se auto intitula “rei do caldo de mocotó”. A receita feita com patas de boi é praticamente a única opção da casa no centro da capital, que já recebeu até a visita do saudoso Anthony Boudain, e vende até 600 canecas do pedido por dia. Servidas fumegantes, costumam receber também o acréscimo de cebolinha e ovos de codorna, que cozinham lentamente no próprio calor do caldo, que tem sabor forte e um tanto quanto adstringente. O molho de pimenta da casa, um dos mais fortes da cidade, ajuda a completar o combo contra o frio.

Vai lá
Avenida Amazonas, 840, Centro
(31) 3212-7458

Verdinho

Verdinho: restaurante no São Bento conta com receitas clássicas (foto: Divulgação)


Referência no bairro São Bento, o restaurante também preparou uma temporada de caldos para aproveitar o frio. Entre as opções estão clássicos como a vaca atolada e mandioca com carne de sol, que são oferecidos no sistema de bufê, por pessoa.

Vai lá
Avenida Cônsul Antônio Cadar, 122, São Bento
(31) 3293-4047

Néctar da Serra

Néctar da Serra: opções doces e salgadas no sistema self-service (Foto: divulgação)


Com foco na alimentação saudável, as duas unidades oferecem um festival de caldos no inverno, a partir das 18h. São cerca de 20 opções disponíveis no sistema self-service. Além de pedidas como o caldo verde, feito com batata e couve, e a canja de galinha, também são oferecidas receitas diferentes, como palmito, creme de aspargos e abóbora com camarão, além de canjica doce.

Vai lá
Rua Santa Rita Durão, 929, Savassi
(31) 3261-2969

Avenida Bandeirantes, 1839, Mangabeiras
(31) 3281-1466

Casa dos Caldos
Ocupa o espaço do antigo Petiskaldos, na famosa praça Duque de Caxias, no Santa Tereza. Apesar da mudança de nome, a casa manteve o enorme bufê de caldos, que pode ser degustado por um preço fixo por pessoa. Por dia, são cerca de 40 opções. Além das clássicas, como mandioca e feijão, também há sugestões mais requintadas, como o caldo de camarão.

Vai lá
Praça Duque de Caxias, 39, Santa Tereza
(31) 3245-1819

André Caldos

André Caldos: fogão à lenha mantém os preparos aquecidos (Foto:divulgação)


O bar tem jeitão de venda do interior, decorado com objetos antigos, e conta até com um fogão à lenha. É ele quem abriga as panelas com as receitas fixas da casa: mandioca, mocotó, dobradinha com feijão branco – uma opção cada vez mais rara nos botecos – e feijão. Esse último, ao contrário do tradicional, não é batido, e ainda conta com pedaços de linguiça e bacon.

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Avenida Raul Mourão Guimarães, 370, Palmeiras
(31) 8854-8296

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As melhores comfort food de Belo Horizonte http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/07/02/as-melhores-comfort-food-de-belo-horizonte/ http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/2019/07/02/as-melhores-comfort-food-de-belo-horizonte/#respond Wed, 03 Jul 2019 02:05:14 +0000 http://joaorenato.blogosfera.uol.com.br/?p=559 Comfort food. Em bom português, são aquelas receitas carregadas de sentimento, nostalgia e, obviamente, conforto. Pense em uma canja de galinha saturada de sabor, ou naquele bolo de fubá da sua avó, que cheira a quarteirões, e estamos nos entendendo. Há até quem traduza como comida afetiva, o que não deixa de ter lá sua razão. A comida que remete ao afeto é mesmo a mais gostosa.

De uns tempos para cá, o termo ganhou destaque dentro e fora do país justamente por ir na contramão de receitas rebuscadas de restaurantes mais requintados. Mas não é só a comida feita em casa, de preferência por quem a gente ama, que leva o nome de “comfort food”. Muitas sugestões de casas tradicionais estimulam não só as papilas, mas a memória de quem come ali desde pequeno. Conheça algumas das receitas que despertam o paladar do belo-horizontino:

Broa de fubá com queijo do Comercial Sabiá

Comercial Sabiá: broa de milho com queijo é disputada pelos clientes (foto: divulgação)


Em meio ao burburinho do Mercado Central, o balcão do Comercial Sabiá costuma ser disputado por quem quer uma pausa – ainda que rápida – para um café. Ele fica melhor ainda se acompanhado da disputadíssima broa com queijo. O tabuleiro costuma sair do forno já todo vendido, então é raro encontrar um pedaço na estufa. Não é por acaso: o quitute costuma ter o topo corado, bem moreno, enquanto a camada de queijo minas desmancha com a colher, em uma combinação digna da casa da vovó no interior.

Vai lá
Avenida Augusto de Lima, 744, Centro – Mercado Central
(31) 3274-9491

Espaguete à bolonhesa do Recanto Verde
Tradicional na região Leste da cidade, o Recanto Verde costuma ficar lotado de famílias no almoço de domingo. Um dos pedidos que mais aparece é justamente o espaguete à bolonhesa. Servido em uma travessa, com opção de três tamanhos, chega à mesa coberto de mussarela ralada, que derrete com o calor da massa. Essa, aliás, é bem cozida – esqueça o al dente –, o que completa o jeitão caseiro, de macarronada, da receita.

Vai lá
Av. Petrolina, 910, Sagrada Família
(31) 3481-2951

Rochedão especial do Bolão
A combinação é infalível: arroz, feijão, batata frita, ovo frito, o excelente espaguete à bolonhesa da casa e uma carne, que pode ser linguiça, bife de boi, bife de porco, frango grelhado ou lagarto recheado. Graças ao horário de funcionamento da casa, avançando madrugada adentro, essa montanha de comida fez fama principalmente com taxistas, roqueiros, músicos e boêmios de plantão. Ainda dá para trocar o feijão por tropeiro ou tutu, para deixar essa espécie de nave-mãe dos PFs ainda mais mineira.

Vai lá
Praça Duque de Caxias, 288, Santa Tereza
(31) 3463-0719

Talharim a parisiense da Cantina do Lucas

Cantina do Lucas: o talharim à parisiense é carregado de história (foto: João Renato Faria)


A receita da Cantina do Lucas, restaurante do tradicionalíssimo edifício Maletta, tem história. Era o prato preferido do escritor Murilo Rubião, que fazia uma parada quase diária no local para jantar. Também era pedida de militantes de esquerda que se reuniam no bar durante a ditadura. Na ocasião, como a turma era dura de grana, ele era dividido à palito, ou seja: comido com o uso de palitinhos de dente, como se fosse um tira-gosto. O macarrão é envolto em um molho branco pesado, que também leva frango desfiado, ervilha, presunto e tomate, além de ser gratinado ao forno – e vale por um abraço de um amigo que a gente não vê há muito tempo.

Vai lá
Av. Augusto de Lima, 233 – loja 18, Centro
(31) 3226-7153

Frango ao molho pardo do Maria das Tranças

Maria das Tranças: sinônimo de frango ao molho pardo no Brasil (foto: divulgação)


O restaurante existe há quase 70 anos e era tido como o favorito do ex-presidente Juscelino Kubitschek, quando ele foi prefeito de Belo Horizonte e governador de Minas. É um dos pouquíssimos locais aptos a usar o sangue como ingrediente no país, o que faz com que o frango ao molho pardo do local seja, em muitos casos, o único que algumas pessoas já experimentaram. Acompanhado de quiabo, angu e arroz, é quase uma síntese da cozinha mineira do passado.

Vai lá
Rua Professor Moraes, 158, Savassi
Rua Estoril, 938, São Francisco
(31) 3261-4802

Pizza à moda do Pizzarella
A casa é uma das últimas sobreviventes da era de ostentação das pizzarias da cidade, que contavam com salões imensos, cardápios pesados de couro e famílias imensas dividindo as redondas. Quem não se adapta ao delivery ou aos novos estilos de pizzas da cidade costuma encontrar refúgio por lá, com suspiros de uma época que não volta mais. Tradicionalíssima, a pizza à moda da casa leva mussarela, presunto, calabresa, salaminho, pimentão, cebola e azeitona preta.

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Av. Olegário Maciel, 2.280, Santo Agostinho
(31) 3292-3000

Sorvete da São Domingos

São Domingos: sorveteria é a mais antiga de Belo Horizonte (Foto: divulgação)


Bem longe da onda recente de gelaterias, que fazem sorvetes de inspiração italiana, a São Domingos está no mesmo endereço desde 1938. As mais de 200 receitas são herança de família e se revezam entre as opções. Por dia, são oferecidos cerca de 50 sabores. Alguns são clássicos absolutos, como o pistache, o coco queimado e o morango, servidos por bola e em casquinhas, como deve ser.

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Av. Getúlio Vargas, 792, Savassi
(31) 3261-1720

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