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Cinco bares em Belo Horizonte que funcionam durante a madrugada

João Renato

18/09/2018 12h17

Apesar da fama de capital dos botecos, com seus mais de 10 mil bares e restaurantes, a verdade é que a boêmia de Belo Horizonte dorme cada vez mais cedo. Seja pela insegurança, seja por termos de ajustamento de conduta motivados por barulho, os estabelecimentos noturnos fecham suas portas cada vez mais cedo, em uma versão alcoólica da Cinderela: depois de meia-noite, é difícil achar algum lugar ainda em funcionamento. Mas para a alegria da turma que nunca vai embora, alguns bares ainda encaram o espírito do fim de noite e se mantêm ativos até altas horas.

Chopp da Fábrica: o mexidão é campeão de pedidos (Foto: divulgação)


Chopp da Fábrica
Costuma ficar abarrotado a partir de meia-noite, quando atrai a turma que já estava em algum bar antes. O horário de funcionamento segue o dia da semana: às segundas, vai até as 2h, às terças e domingos, até 3h; às quartas, até 4h; às quintas, até 5h. Às sextas e aos sábados, a casa estende até às 6h. Os principais atrativos são pratos servidos em porções imensas, suficientes para saciar a fome de turmas, como o mexidão, que leva linguiça, arroz, feijão, couve, ovo frito, torresmo e carne desfiada. Um dos petiscos mais pedidos para esperar a refeição é o pão de queijo frito, que chega sequinho e crocante à mesa.

Avenida do Contorno, 2736 – Santa Efigênia
3241-1766

Bolão: o espaguete bem servido fez a fama da casa (Foto: divulgação)


Bar do Bolão
O veterano do fim de noite da cidade segue firme na esquina das ruas Mármore e Adamina, de frente para a famosa praça do Santa Tereza. Aberto em 1961, foi referência de refeição na madrugada belo-horizontina durante décadas. A configuração do espaço, dividido em vários salões, pode ser confusa para quem visita pela primeira vez, mas não tem erro: é só sentar e ser atendido. Prato que fez fama da casa, o espaguete chega à mesa com o molho servido em uma travessa separada e fica a cargo do cliente a mistura com a massa.

Rua Mármore, 681, Santa Tereza
3461-6211

Bar do Zé Luiz
Fica dentro do Mercado Novo, irmão menos conhecido do Mercado Central. Reduto dos taxistas, foi adotado também por outros frequentadores da madrugada. O funcionamento é diferente, já que o bar abre às 2h e vai até as 9h – o horário de pico é às 4h –, servindo petiscos, como frango frito e linguiça, e pratos feitos. O campeão de pedidos é o feijão-tropeiro, que pode receber acréscimo de linguiça e ovo frito. Não se acanhe com a colher: o utensílio é mais fácil para quem vai comer em pé, no balcão. Pensando nisso, a comida já é servida toda fatiada.

Avenida Olegário Maciel, 742, Centro
3271-9121

Rei do Pastel
As três unidades da lanchonete ficam na Savassi e são destino certo para quem sai das baladas, já que só fecham nas madrugadas de domingo para segunda. A especialidade, como o nome diz, são os pastéis, que têm recheios como carne, queijo, frango, pizza e palmito. Outros salgados, como coxinhas e enrolados de salsicha também saem a qualquer momento da fritadeira e fazem companhia para cervejas como Brahma e Skol.

Avenida do Contorno, 5680,Savassi
3221-8678
Outros endereços:
Rua Fernandes Tourinho, 431 – Loja 4 – Savassi
Rua Sergipe, 1530 – Savassi

La Greppia: o rodízio de massas é o sucesso da madrugada (Foto: divulgação)


La Greppia
O restaurante fica na Rua da Bahia, próximo ao tradicional edifício Maletta. O salão com ares de cantina é decorado com fotos antigas de Belo Horizonte. A especialidade da casa é um bufê de massas, em que o cliente se serve à vontade e conta com opções como espaguete, canelone, rondelli e cappelletti. Como lá nunca fecha, nem mesmo aos domingos, é destino certo para quem quer estender a noite.

R. da Bahia, 1196, Centro
3273-2055

Bônus:
Nonô – O Rei do Caldo de Mocotó. Já falamos sobre o bar que funciona 24 horas aqui, clique e relembre.

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Sobre o autor

João Renato Faria é jornalista de Belo Horizonte, atualmente no jornal O Tempo, e com passagens por Portal Uai, Estado de Minas e revista Veja BH. Gosta de descobrir novidades gastronômicas pela cidade, de música pesada, de rock instrumental e novidades da cena independente. Tem a compulsão de comprar livros mais rápido do que consegue lê-los. Já pensou em se mudar de BH, mas por enquanto a cidade é o único lugar com um feijão-tropeiro decente.

Sobre o blog

A música e a gastronomia de Belo Horizonte são o foco do blog. Os posts abordam tendências sonoras, eventos, atividades de casas de shows e a movimentação da cena independente. Os textos também falam sobre as boas opções de comidas de rua, bares e lanchonetes, veteranas ou recém-inauguradas na cidade.

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