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O rock não morreu em Belo Horizonte

João Renato

20/11/2018 14h10

É verdade que o bom e velho rock'n'roll não anda exatamente em uma maré de popularidade, acuado pelo crescimento do sertanejo. Mas isso está longe de dizer que as guitarras distorcidas estão mortas e enterradas em Belo Horizonte. Afinal, a capital mineira tem diversos lugares que oferecem uma boa seleção musical para quem curte um som mais agitado. Abaixo, o mapa do tesouro do rock em BH.

Baladas

O Jack Rock Bar aposta em boas bandas cover (foto/Divulgação)

Quem prefere não se arriscar com novidades na hora de sair para ouvir um rock'n'roll aposta nestas casas, com estilão de boate e divisões de ambientes. O principal expoente é o Jack Rock Bar (Avenida do Contorno, 5.623, Funcionários, 3227-4510), com uma programação intensa que investe em boas bandas cover, como a Kiss Alive, que reproduz até a maquiagem dos mascarados do Kiss, ou a Lurex, que recria todo o estilo de Freddie Mercury e do Queen. Também é possível assistir recriações de ícones do rock como Rolling Stones, Led Zeppelin, Nirvana e Metallica. Dos mesmos donos do Jack, o Lord Pub (Rua Viçosa 263, São Pedro, 3223-5979) tem agenda de eventos parecida, mas mais voltada para o rock clássico. Outra opção dentro desse estilo, frequentado pelas mesmas bandas, é o Amsterdam Pub (Rua Major Lopes, 719, São Pedro, 3262-0688).

Underground

O rock autoral tem espaço na A Autêntica (Foto:divulgação)

A cena independente da capital continua a todo vapor, produzindo bandas novas e um dos principais lugares para conferir as novidades é A Obra Bar Dançante (Rua Rio Grande Do Norte, 1.168, 3215-8077 ), tradicional inferninho da cidade, que abre espaço para nomes de destaque da cena independente da capital, como o Young Lights, que mistura rock, indie e folk e o Carahter, que mescla hardcore e metal. Também na Savassi, A Autêntica (Rua Alagoas, 1.172, Savassi, 3654-9251) também destaca a cena autoral e já recebeu shows internacionais. Já o Stonehenge Rock Bar (Rua Tupis, 1448, Barro Preto, 3271-3476) mistura bandas autorais e covers, além de contar com a presença de artistas internacionais, principalmente de metal. Espécie de "reserva moral" do underground da cidade, o Matriz (Rua Guajajaras 1.353, Santo Agostinho, 3212-6122) fica embaixo do icônico edifício JK. A programação conta principalmente com bandas iniciantes e subgêneros como o gótico e o punk rock.


Botecos

O Vintage 13 une cervejas especiais e rock'n'roll

Quem quer se sentar, tomar uma cerveja e ouvir um rock'n'roll tem boas opções na cidade. Um dos principais é o Vintage 13 (Rua Antônio de Albuquerque, 382, Savassi, 3227-7505), que tem climão de pub e é especializado em cervejas artesanais. Comandado pelo boa praça Tim, o Espanta Crise Café (Avenida do Contorno, 1.790, Floresta, 9996-6135) é um dos principais fins de noite dos roqueiros da cidade e tem uma playlist focada em clássicos como Led Zeppelin e Deep Purple. Unidade de uma rede de espetarias, o Beb's Rock Bar ( Rua Levindo Lopes, 303, Savassi, 3643-4841) tem programação voltada para bandas ao vivo – ao contrário das outras unidades da rede, focadas em sertanejo.


Compras

A Galeria Praça Sete reúne lojas de discos e acessórios (Foto: Sulamita Theodoro/Kekanto)

Espécie de versão local da Galeria do Rock de São Paulo, a Galeria Praça Sete (Rua Rio de Janeiro, 630, centro) reúne diversas lojas como a Purple Records e a All Wave, que vendem discos de vinil e CDs, além de acessórios como camisetas estampadas de bandas, coturnos e patchs.

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Sobre o autor

João Renato Faria é jornalista de Belo Horizonte, atualmente no jornal O Tempo, e com passagens por Portal Uai, Estado de Minas e revista Veja BH. Gosta de descobrir novidades gastronômicas pela cidade, de música pesada, de rock instrumental e novidades da cena independente. Tem a compulsão de comprar livros mais rápido do que consegue lê-los. Já pensou em se mudar de BH, mas por enquanto a cidade é o único lugar com um feijão-tropeiro decente.

Sobre o blog

A música e a gastronomia de Belo Horizonte são o foco do blog. Os posts abordam tendências sonoras, eventos, atividades de casas de shows e a movimentação da cena independente. Os textos também falam sobre as boas opções de comidas de rua, bares e lanchonetes, veteranas ou recém-inauguradas na cidade.

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