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Blog do João Renato

Cinco lugares descomplicados para se tomar vinho em BH

João Renato

11/12/2018 12h45


Acostumado à sua boa e velha cervejinha, o frequentador de botecos belo-horizontino de repente começa a se sentir deslocado. Ele vê os colegas assinando caixas personalizadas de garrafas, conhece uma turma mais nova que fala com desenvoltura sobre tipos de uvas e passeios em vinícolas, lê sobre os benefícios para a saúde e resolve que é hora, finalmente, de dar uma chance aos vinhos.

Mas as dúvidas não param de surgir. Para acompanhar um prato específico, o melhor é tinto, branco ou rosé? Ele se lembra vagamente de que branco vai bem com frutos do mar e peixes. E o tipo da uva, qual é o mais apropriado? Malbec e merlot, tem diferença? E esse vinho verde, que na verdade é branco? Aquela história de cheirar o vinho antes de provar, para quê serve, mesmo? A temperatura, como acertar? Ai, que saudades da cervejinha estupidamente gelada! – suspira o nosso acomodado personagem.

Mas para o alívio de muita gente que tem feito essa troca da cervejinha , Belo Horizonte conta com espaços que oferecem vinhos de maneira descomplicada e sem firula.

Confira a lista abaixo:

O Cabernet Butiquim conta com rótulos sazonais (Foto: divulgação)


Cabernet Butiquim
O clima é de bar: mesas na calçada, tira-gostos caprichados, conversas animadas. Além de uma longa lista fixa, o cardápio lista rótulos sazonais, que são alternados toda semana. Atenciosos, os garçons entendem do riscado e ajudam na hora de escolher a melhor garrafa para a ocasião. Da cozinha, não deixe de pedir a panelinha de costela bovina com nhoque frito ou o palmito grelhado na manteiga de garrafa.

Vai lá
Rua Levindo Lopes, 12, Savassi
(31) 3889-8799

O flight de vinhos da Rex Bibendi é opção para quem quer provar vários rótulos (Foto: divulgação)


Rex Bibendi
A casa tem uma relação de simbiose com a Livraria da Rua, e ocupa uma parte do mesmo imóvel. Como o interior da loja é tomado pelas estantes repletas de garrafas, as mesas ficam na ampla calçada à frente. O flight de vinhos é selecionado a partir de temas, uvas ou regiões produtoras. Funciona como uma degustação e é ideal para quem quer experimentar várias opções antes de escolher um rótulo para levar para a casa. Para matar a fome, o arroz de pato é o campeão de pedidos.

Vai lá
Rua Antônio de Albuquerque 917, Savassi
(31) 3227-3009

O Tinto oferece boas alternativas para os dias mais quentes (Foto: divulgação)


Tinto Gastronomia
Ocupa o imóvel do antigo Gonzaga Butiquim, na parte mais agitada do bairro de Lourdes. A carta lista 45 opções de rótulos. Como alternativa para os dias mais quentes, vale apostar no argentino Finca Las Moras, um rosé feito com uvas syrah, ou no espanhol branco Campules La Rubia. As entradinhas mais famosas são as empanadas e a conchinita, que consiste em chips de mandioca com ragu de porco, guacamole e sour cream.

Vai lá
Rua Tomaz Gonzaga, 578, Lourdes
(31) 3582-3721

O La Vinícola passou por reforma e dobrou de tamanho recentemente (Foto: divulgação)


La Vinícola
A casa passou por uma ampliação recente, que dobrou o tamanho do salão e incluiu um parklet à frente. Em nome da praticidade, o consumo funciona no esquema de fichas. Rosés, espumantes, tintos e brancos são vendidos em taças (R$ 12), jarras (R$ 30) ou garrafas, que custam a partir de R$ 50. Entre os mais pedidos está o argentino tinto Waqi, que leva as uvas bonarda e malbec. Faz boa companhia para o risoto de camarão com alho-poró crocante.

Vai lá
Rua São Paulo, 1815, Lourdes
(31) 3889-0098

Entre Vinhos
Novidade do ano, a casa fica no simpático bairro Prado e ocupa o local do antigo bar de carnes exóticas Rima dos Sabores. A carta é mais selecionada e lista 20 rótulos, como o chileno Semblante, feito de uvas cabernet sauvignon, ou o espanhol Condado Real, à base de uvas tempranillo. Nos comes, o cardápio tem opções como o risoto de camarão com limão siciliano e sugestões de inspiração mineira, como a costelinha confit com risoto de canjiquinha.

Vai lá
Rua Esmeralda, 522, Prado
(31) 99785-4710

Sobre o autor

João Renato Faria é jornalista de Belo Horizonte, atualmente no jornal O Tempo, e com passagens por Portal Uai, Estado de Minas e revista Veja BH. Gosta de descobrir novidades gastronômicas pela cidade, de música pesada, de rock instrumental e novidades da cena independente. Tem a compulsão de comprar livros mais rápido do que consegue lê-los. Já pensou em se mudar de BH, mas por enquanto a cidade é o único lugar com um feijão-tropeiro decente.

Sobre o blog

A música e a gastronomia de Belo Horizonte são o foco do blog. Os posts abordam tendências sonoras, eventos, atividades de casas de shows e a movimentação da cena independente. Os textos também falam sobre as boas opções de comidas de rua, bares e lanchonetes, veteranas ou recém-inauguradas na cidade.

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