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Blog do João Renato

Lámen descomplicado conquista espaço em BH

João Renato

14/08/2019 11h27

Para muita gente, lámen ainda é sinônimo daquele macarrão instantâneo, que fica pronto em três minutos e não é lá grande coisa. Na verdade, lámen (ou rámen) é uma espécie de sopa japonesa, servida com um caldo espesso e diversos acompanhamentos. Mas enquanto outras cidades como São Paulo tinham bares e restaurantes especializados no preparo, em Belo Horizonte os lámen eram restritos aos restaurantes japoneses tradicionais da cidade, como o Rokkon e o Sushi Naka. Felizmente, de uns tempos para cá, alguns lugares apostam em lámens descomplicados, que podem ser aproveitados com todo o barulho feito ao sorver (aquele sluuuuuurp que as mães odeiam) que o prato pede. Confira abaixo:

Canja

Recém-aberta na Savassi, a casa se inspira nos locais de lámen de Nova York, como o Momofuku Noodle Bar, do chef-celebridade David Chang. Por lá, as cinco opções receberam um toque de mineiridade, como o lámen de curry e frango, que leva macarrão, peito de frango cozido, gengibre, ovo caipira, nori, pak choi (acelga chinesa) e ora pro nóbis. Já o naruto conta com ovo, nabo, macarrão, barriga de porco, cebolinha, caldo de frango com missô e a massa de peixe japonês cortada em fatia que dá nome ao prato.

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Avenida Getúlio Vargas, 1620, Savassi
(31) 98012-7245

Dona Tomoko

No izakaya – nome dado aos bares japoneses –, o lámen não é pedida fixa do cardápio. Por isso, vale a pena ficar de olho nas redes sociais do local para saber quando o chef Maki Sangawa prepara a iguaria. A receita de lá conta com macarrão, caldo de porco, ovo cozido, massa de peixe, broto de feijão, barriga de porco cozida lentamente, alho cozido no shoyu e sakê, agrião, cebolinha e alga nori. O tonjiru, uma versão mais incrementada do missô, com carne de porco, alho poró, batata, cenoura e shitake, mas sem macarrão, também costuma aparecer de vez em quando.

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Rua Grão Mogol, 712, Carmo
(31) 2510-8604

Samba Fresh

Inicialmente especializada em poke, o prato havaiano que virou sucesso no país, a casa expandiu o cardápio para outras opções. Sorte dos frequentadores, que podem provar o lámen com barriga de porco crocante, que é servido em caldo de carne com tira de frango, cebolinha, gergelim, ovo cozido e alga. Quem quiser dar uma incrementada pode pedir a versão que acrescenta dois gyozas de porco ao combinado.

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Rua Fernandes Tourinho, 97, Savassi
(31) 2526-5020

Cheng Chang Kee Noodle House

Ícone da Chinatown mineira, o restaurante tocado por imigrantes chineses não é exatamente um primor de decoração. Afinal, é preciso entrar em uma velha galeria de lojas no hipercentro de BH para acessar o local, que ocupa um conjunto de salas. Como a turma não fala português, o jeito é se comunicar do jeito que dá. O cardápio, inclusive, conta com fotos, para apontar o pedido. Por lá, o macarrão é de arroz, e ensopado com carne de porco, ovo, acelga e cogumelos. Vale ter paciência, porque a cozinha costuma demorar.

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Rua Curitiba, 130, terceiro andar, Centro

Birosca S2

No charmoso bistrô no Santa Tereza, quem dá as caras é o pho, versão vietnamita do lámen, que foi introduzido no cardápio após uma viagem da chef Bruna Martins ao país asiático. A receita leva massa de arroz com caldo picante de camarão e porco, coberto por cenoura, broto de feijão, acelga, camarão, barriga de porco, cebolinha, limão e chilli.

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Rua Silvianópolis, 483, Santa Tereza
(31) 2551-8310

Sobre o autor

João Renato Faria é jornalista de Belo Horizonte, atualmente no jornal O Tempo, e com passagens por Portal Uai, Estado de Minas e revista Veja BH. Gosta de descobrir novidades gastronômicas pela cidade, de música pesada, de rock instrumental e novidades da cena independente. Tem a compulsão de comprar livros mais rápido do que consegue lê-los. Já pensou em se mudar de BH, mas por enquanto a cidade é o único lugar com um feijão-tropeiro decente.

Sobre o blog

A música e a gastronomia de Belo Horizonte são o foco do blog. Os posts abordam tendências sonoras, eventos, atividades de casas de shows e a movimentação da cena independente. Os textos também falam sobre as boas opções de comidas de rua, bares e lanchonetes, veteranas ou recém-inauguradas na cidade.

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